sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Valentine's Day

Sinto o ar da tua respiração no meu desnudado pescoço, sinto o bater do teu coração no meu quente peito. As lágrimas derramam-se pela fria e pálida face como cascatas ao longo do rio e agora, envolvida nos teus musculosos braços, sinto-me novamente viva, ressuscitada. Olhas-me com esses teus doces olhos, beijas-me com esses teus suculentos lábios, os nossos corpos novamente juntos e os nossos corações novamente comprometidos. Tão próximos, tão unidos, tão loucamente apaixonados e repentinamente, o beijo torna-se irreal e o toque inalcançável. Acordo. Não passou de um mero sonho. Fica assim, apenas o arrepio no meu desnudado pescoço e a saudade no meu gélido coração. 
Happy Valentine's Day.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

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Bem-me-quer, mal-me-quer, bem-me-quer, mal-me-quer, bem-me-quer, mal-m... as pétalas caem sobre a água como pedra no meu peito, a chuva cai fortemente sobre o lago, assim como o meu corpo cai levemente sobre a terra. Sinto a molhada areia nas minhas gélidas mãos, sinto o cheiro à terra fresca, sinto o bater desesperado do meu coração que suplica mais uma vez para que me deixes. Fecho os olhos e congelo. O mundo parou e apenas te vejo a ti, tão longe, mas tão perto. Os nossos olhares perfuram-se mutuamente... tanto por dizer, mas nada para dizer, tanto por fazer, mas nada que fazer. Tão depressa te sinto em mim como tão depressa os meus sentimentos se transformam em repulsa. Tão depressa te desejo como te afasto. Tão depressa te amo como te odeio. O mundo parece continuar parado, mas não, afinal sou eu que estou petrificada, sou eu que continuo parada no tempo, sempre iludida com os nossos fatais olhares.