quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

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Bem-me-quer, mal-me-quer, bem-me-quer, mal-me-quer, bem-me-quer, mal-m... as pétalas caem sobre a água como pedra no meu peito, a chuva cai fortemente sobre o lago, assim como o meu corpo cai levemente sobre a terra. Sinto a molhada areia nas minhas gélidas mãos, sinto o cheiro à terra fresca, sinto o bater desesperado do meu coração que suplica mais uma vez para que me deixes. Fecho os olhos e congelo. O mundo parou e apenas te vejo a ti, tão longe, mas tão perto. Os nossos olhares perfuram-se mutuamente... tanto por dizer, mas nada para dizer, tanto por fazer, mas nada que fazer. Tão depressa te sinto em mim como tão depressa os meus sentimentos se transformam em repulsa. Tão depressa te desejo como te afasto. Tão depressa te amo como te odeio. O mundo parece continuar parado, mas não, afinal sou eu que estou petrificada, sou eu que continuo parada no tempo, sempre iludida com os nossos fatais olhares.

2 comentários:

  1. own muito obrigada pelos comentários querida :) é sempre bom quando nos compreendem. beijinho!
    ps: este texto, tem qualquer coisa que me identifico. gostei muito :3

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  2. Gostei tanto do teu blog! Muitos Parabéns!

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